A partir da Traditori, abrimos a convocatória para o nosso segundo número, que terá como eixo central a resistência nas suas múltiplas formas, linguagens e territórios. Interessamo-nos em pensar a resistência não apenas como um ato de confronto, mas também como uma forma de criação, de memória, de tradução, de cuidado e de persistência cotidiana. Entendemos a resistência como um gesto político que se expressa no íntimo e no coletivo, no estético e no ético, no que se diz e no que se guarda.

Convidamos a enviar propostas que abordem a resistência a partir de diversas perspetivas críticas, artísticas ou criativas. Alguns dos temas que podem ser considerados incluem: representações literárias ou teatrais da resistência; escritos do corpo como arquivo e dissidência; tradução como prática política; silêncios impostos e linguagens subversivas; estratégias de reescrita a partir das margens; narrativas feministas, queer e descolonizadoras; resistências comunitárias frente à violência estrutural; subjetividades dissidentes; memória e contramemória; práticas editoriais ou curatoriais como formas de resistência cultural.

Aceitamos artigos académicos, ensaios críticos, traduções comentadas, obras criativas (poesia, dramaturgia, narrativa breve) e textos híbridos que dialoguem com o eixo proposto. Valorizamos especialmente as propostas que apostam em novas formas de escrita, que resistem aos moldes estabelecidos e que nascem de experiências situadas. Todas as contribuições serão submetidas a um processo de revisão por pares, com o compromisso de garantir um espaço editorial aberto, cuidadoso e plural.